G.P. Malásia: Melhores imagens da festa de Verstappen e da Red Bull
"Bem-vindo aos 20 anos e a uma nova década, que corrida magnífica, totalmente merecida!". As palavras via rádio eram de Christian Horner a homenagear a dominadora vitória de Max Verstappen no G.P. da Malásia, um dia depois do 20.º aniversário, onde o Red Bull não deu quaisquer hipóteses. Hamilton foi 2.º e aumentou a sua vantagem no Mundial sobre Vettel para 34 pontos… mas ficou com um sabor amargo por ver o tão mais rápido que o Ferrari era face ao seu Mercedes!
As aspirações da Ferrari à vitória acabaram antes de a corrida começar, quando Raikkonen se queixou de falta de energia na bateria na ida para a grelha, segundo o seu engenheiro devido a uma falha no turbo, com influência no MGU-H que não a carregaria… Os mecânicos ainda tentaram reparar o problema na grelha, mas acabaram por levar o carro do finlandês para a "box" ainda antes do arranque para a volta de formação, provocando uma reacção de imensa desilusão nos milhares que enchiam as bancadas. Raikkonen já não voltaria à pista.
Hamilton ficava à vontade na primeira linha, com Vettel no outro extremo e os Red Bull com grandes hipóteses de lutarem pela vitória, pois o piloto da Mercedes entraria, certamente, em… "safe mode". Não que o quisesse mas, pouco depois de tomar o comando da corrida, começaram a ficar de novo evidentes as limitações do Mercedes nesta pista, disfarçadas na qualificação pelo "modo" especial do motor… Verstappen passou-o com razoável facilidade e foi-se embora com a liderança bem agarrada, enquanto Ricciardo fez o mesmo a Bottas (que fizera um arranque notável!), poucas voltas depois.
à traseira do Mercedes de Bottas ainda não se chegara a meio das 56 voltas! E prometia um final de corrida muito rápido, pois teria um jogo novo de supermacios à sua espera quando o carro estivesse mais leve. A Mercedes estava consciente da ameaça e já pouco ligava aos Red Bull, afinal era a luta pelo título que lhe interessava.
Mediu ao milímetro a paragem de Hamilton, de forma a colocá-lo em pista mesmo à frente do duo Bottas-Vettel, já com os pneus macios. Surpreendentemente, a Ferrari parou o alemão logo a seguir para lhe montar os supermacios, a 28 voltas do final… Durariam tantas voltas a forçar o ritmo como Vettel teria de fazer? Afinal, parecia que o grau de degradação dos pneus amarelos ou vermelhos era sensivelmente igual, faltava saber se manteria até final a velocidade que lhe permitia ir marcando voltas mais rápidas.
Cá para trás continuava Vettel no seu ritmo endiabrado e, depois de ter deixado Bottas para trás de ter desaparecido rapidamente, mostrando com clareza a diferença de andamento entre Ferrari e Mercedes, partiu à "caça" de Ricciardo. Ao ritmo a que estava a andar, o alemão teria tempo para acabar a corrida em cima de Hamilton… não fosse o australiano um osso duro de roer. Demasiado duro, veio-se a provar, garantindo assim um 2.º lugar a Hamilton que fez uma prova atacando o mais possível mas, basicamente solitária.
Esperava-se que, pela forma como marcava voltas mais rápidas, umas atrás de outras, Vettel passasse Ricciardo mais cedo ou mais tarde, mas o australiano aproveitou a rapidez do Red Bull no sector do meio para se defender sempre muito bem, até que o alemão teve de abrandar, aparentemente por a sua mecânica ter atingido temperaturas muito altas ou por ter problemas de consumo… "Na partida parecia que os Mercedes estavam com problemas, mas o Bottas defendeu-se sempre muito bem", contou Ricciardo. "Depois, o ‘Seb’ veio tão rápido no final mas, na verdade, só conseguiu atacar uma vez. No geral foi uma corrida muito solitária, mas dura fisicamente. E parabéns ao Max!".
Colocando dois carros nos pontos – e com Stroll a bater Massa, em luta "roda com roda"! –, a Williams reforçou o 5.º posto no Mundial, aproveitando as péssimas corridas de Toro rosso e Renault que passaram totalmente ao lado e longe dos lugares pontuáveis. Classificação:
Pos | Piloto | Equipa | Tempo/Dif. | Box |
---|---|---|---|---|
1 | Max Verstappen | Red Bull | 1.30.01,290 h | 1 |
2 | Lewis Hamilton | Mercedes | a 12,770 s | 1 |
3 | Daniel Ricciardo | Red Bull | a 22,519 s | 1 |
4 | Sebastian Vettel | Ferrari | a 37,362 s | 1 |
5 | Valtteri Bottas | Mercedes | a 56,021 s | 1 |
6 | Sergio Pérez | Force India | a 1.18.630 m | 1 |
7 | Stoffel Vandoorne | McLaren | a 1 volta | 1 |
8 | Lance Stroll | Williams | a 1 volta | 1 |
9 | Felipe Massa | Williams | a 1 volta | 1 |
10 | Esteban Ocon | Force India | a 1 volta | 1 |
11 | Fernando Alonso | McLaren | a 1 volta | 1 |
12 | Kevin Magnussen | Haas | a 1 volta | 1 |
13 | Romain Grosjean | Haas | a 1 volta | 2 |
14 | Pierre Gasly | Toro Rosso | a 1 volta | 1 |
15 | Jolyon Palmer | Renault | a 1 volta | 1 |
16 | Nico Hülkenberg | Renault | a 1 volta | 2 |
17 | Pascal Wehrlein | Sauber | a 1 volta | 1 |
18 | Marcus Ericsson | Sauber | a 2 voltas | 1 |
— | Carlos Sainz | Toro Rosso | Motor | 1 |
— | Kimi Räikkönen | Ferrari | Motor | 0 |
No final da corrida foi "empacotar" tudo o mais rápido possível para, ainda hoje, sair o primeiro dos vários aviões com as diversas toneladas de material, em direcção a Suzuka. Porque esta foi apenas a primeira de quatro provas em cinco semanas e em dois continentes! No próximo fim-de-semana teremos já o G.P. do Japão, com horários ainda mais madrugadores que a Malásia, de onde a F1 se despediu, pelo menos, para os anos mais próximos…